quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Refrão de Bolero


Música: Refrão de Bolero
(Engenheiros do Hawaii)

Eu que falei nem pensar
Agora me arrependo roendo as unhas
Frágeis testemunhas
De um crime sem perdão
Mas eu falei nem pensar
Coração na mão
Como um refrão de um bolero
Eu fui sincero como não se pode ser
E um erro assim, tão vulgar
Nos persegue a noite inteira
E quando acaba a bebedeira
Ele consegue nos achar
Num bar,
Com um vinho barato
Um cigarro no cinzeiro
E uma cara embriagada
No espelho do banheiro
Teus lábios são labirintos
Que atraem os meus instintos mais sacanas
O teu olhar sempre distante sempre me engana
Eu entro sempre nessa dança de cigana.



É muito difícil perdoar o erro do próximo, mas, ainda mais dificil é aceitar nosso erro.

Devemos ponderar ao firmar uma atitude, pois tudo pode mudar de acordo com as reações dos outros ou através da conspiração do mundo.

Se não houver essa ponderação, corremos grande risco de agir em prol de nosso ego, tentando manter nossa palavra e o modo como os outros nos veem.

Quando estamos enamorados, passamos a enxergar "com o coração" e isso dificulta o discernimento da verdade, afinal, agir com a razão é muito mais fácil!

Seria muito bom se conseguissemos ter a certeza do arrependimento do próximo, mas infelizmente só teremos essa certeza se dermos uma chance para sua comprovação.

Ainda existe mais um agravante que é o receio de sofrer novamente, principalmente quando uma parte da confiança já foi perdida.

Será que vale a pena remexer na ferida, esquecendo o passado e buscar a felicidade mais uma vez do lado da pessoa amada?  Ou seria melhor não arriscar?

Há quem diga que o coração não dói.  Estes tem a vantagem de nunca terem sofrido por amor, mas também, tem a imensa desvantagem de nunca terem gozado do seu real valor.

Como acariciar o ego não garante a felicidade de ninguém, deveríamos arriscar mais e dançar com a "Ana" pelos joguetes da vida, pois mais importante que errar, é
viver, amar e sobretudo, descobrir o verdadeiro caminho, "pelo labirinto dos lábios da pessoa amada" até o seu coração.


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Autor: Brenner Vidal

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